O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), reafirmou nesta quinta-feira (12) que não pretende concorrer ao governo paulista em 2026, reforçando que seu foco está em concluir integralmente o mandato atual à frente da capital até o fim de 2028.
Apesar de recusar publicamente a disputa pelo comando do Estado, Nunes deixou aberta a possibilidade de integrar uma eventual futura gestão de Tarcísio de Freitas (Republicanos), seja no âmbito estadual ou federal, caso o governador venha a alçar voos mais altos.
“De 2028 até 2030 eu vou ser secretário ou ministro do Tarcísio. Aí, depois de 2030 a gente pode pensar em alguma coisa”, afirmou o prefeito.
A declaração reforça os indícios de que Nunes tem se posicionado como aliado estratégico de Tarcísio, cuja imagem ganha força como potencial herdeiro do campo conservador nacional, especialmente após a inelegibilidade do ex-presidente Jair Bolsonaro, determinada pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Durante entrevista à CNN, em agosto, Nunes havia dito que pretendia “retornar à vida empresarial” após deixar a Prefeitura de São Paulo. Entretanto, o discurso mais recente sinaliza uma reavaliação do futuro político, agora vinculado diretamente ao projeto de poder do atual governador.
A movimentação ocorre num momento de recomposição das lideranças da direita, com São Paulo assumindo papel central na projeção nacional de novas figuras do espectro bolsonarista, agora orbitando em torno de Tarcísio.
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