Dólar opera estável com divulgação do IPCA e continuidade do diálogo comercial entre EUA e China

Nesta terça-feira (10/6), o mercado financeiro registra estabilidade na cotação do dólar, em meio à divulgação dos dados do Índice

Por Editoria Democracias

Nesta terça-feira (10/6), o mercado financeiro registra estabilidade na cotação do dólar, em meio à divulgação dos dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de maio e à sequência das negociações comerciais entre Estados Unidos e China.

Cotação da moeda

Às 9h09, a moeda americana apresentava leve desvalorização de 0,04%, cotada a R$ 5,561. Na sessão anterior, a divisa havia encerrado o dia com queda de 0,14%, valendo R$ 5,562 — menor patamar desde outubro do ano passado. Com isso, o dólar acumula desvalorização de 2,73% em junho e queda de 10% no ano frente ao real.

Ibovespa

O principal indicador da B3, o Ibovespa, tem suas negociações iniciadas às 10h. Na segunda-feira (9/6), o índice encerrou em baixa de 0,3%, aos 135,6 mil pontos. No acumulado de junho, a retração é de 0,97%, enquanto no ano o avanço é de 12,82%.

IPCA de maio

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a inflação oficial registrada em maio foi de 0,26%, abaixo dos 0,43% de abril. No acumulado do ano até maio, o IPCA soma 2,75%. Em 12 meses, atinge 5,32%.

A meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) para 2025 é de 3%, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos — o que permite variação entre 1,5% e 4,5%.

Conforme o Relatório Focus, divulgado pelo Banco Central na segunda-feira (9/6), a expectativa do mercado é de que a inflação de 2025 encerre em 5,44%. Para 2026 e 2027, as projeções são de 4,5% e 4%, respectivamente — valores que indicam possibilidade de rompimento do teto da meta este ano.

Pacote fiscal: Haddad e Lula discutem medidas

A reação dos investidores também considera o pacote fiscal apresentado pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, após reunião de quase seis horas no domingo (8/6) com os presidentes da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), além de líderes partidários.

Entre as propostas está uma Medida Provisória (MP) que busca compensar a perda de arrecadação com a retirada do aumento do IOF, prevendo, entre outros pontos:

  • Elevação da alíquota sobre apostas de quota fixa (bets) de 12% para 18%;

  • Cobrança de 5% de Imposto de Renda sobre LCI e LCA;

  • Extinção da alíquota mínima de 9% da CSLL, estabelecendo piso de 15% para todas as empresas;

  • Recalibragem de alíquotas por novo decreto, excluindo trechos como o do risco sacado;

  • Debate sobre corte de R$ 800 bilhões em isenções fiscais, com meta inicial de redução de 10%.

O presidente da Câmara, Hugo Motta, afirmou que não há compromisso automático do Congresso com a aprovação das medidas e que o Legislativo terá liberdade para debater a proposta enviada pelo Executivo. Para ele, é fundamental um debate mais amplo sobre controle de gastos públicos: “Não dá mais para postergar o enfrentamento das despesas. O país está à beira da ingovernabilidade”, declarou.

Relações comerciais EUA-China

No plano internacional, o mercado segue atento às conversas entre Estados Unidos e China, que entram no segundo dia em Londres. A delegação americana é composta por Scott Bessent (Tesouro), Howard Lutnick (Comércio) e Jamieson Greer (Representante Comercial), enquanto o grupo chinês é liderado pelo vice-primeiro-ministro He Lifeng.

Os encontros buscam avançar no entendimento preliminar firmado em maio, em Genebra, com foco em minerais raros e tecnologia de ponta. Na semana anterior, o presidente chinês Xi Jinping pediu a Donald Trump, em conversa telefônica, a retirada das “medidas negativas” impostas por Washington.

Ambos os países estão em uma trégua de 90 dias, que reduziu tarifas adicionais para 10%. Representantes dos EUA consideraram o primeiro dia produtivo, embora prevejam que as tratativas se estendam até o fim da semana. Trump demonstrou otimismo, mas reconheceu que negociar com a China “não é fácil”.

DEMOCRACIAS

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