A Universidade de São Paulo (USP) deixou de integrar o seleto grupo das 100 melhores universidades do mundo, de acordo com a 22ª edição do QS World University Rankings 2026, divulgado nesta quarta-feira (20 de junho). A instituição paulista agora ocupa a 108ª colocação no ranking global, perdendo espaço no cenário acadêmico internacional.
Desempenho na América Latina
Com a nova atualização, a Universidade de Buenos Aires (UBA), na 84ª posição, se consolida como a única representante da América Latina no Top 100. Na sequência, aparece a Pontifícia Universidade Católica do Chile (PUC Chile), que figura na 116ª colocação.
A USP já apresentava uma trajetória de queda nos últimos anos, tendo ocupado a 85ª posição em 2023 e a 92ª em 2024, antes de cair agora para fora do Top 100.
Força do Ensino Superior Brasileiro
Apesar do desempenho individual da USP, o Brasil permanece como o país com o sistema de ensino superior mais robusto da América Latina, tanto em quantidade quanto em qualidade de instituições.
Universidades Brasileiras no Top 500 Global:
Instituição | Posição Global |
---|---|
Universidade de São Paulo (USP) | 108º |
Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) | 232º |
Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) | 304º |
Universidade Estadual Paulista (Unesp) | 489º |
Esses dados reforçam que, embora nenhuma universidade brasileira figure entre as 100 melhores, o país segue sendo protagonista no contexto acadêmico regional.
Metodologia e Líderes Globais
O levantamento da QS World avaliou mais de 1.500 universidades de 106 países e territórios, considerando critérios como:
- Reputação acadêmica;
- Reputação entre empregadores;
- Proporção de professores por aluno;
- Citações por docente;
- Internacionalização de docentes e alunos.
No cenário internacional, o Massachusetts Institute of Technology (MIT), dos Estados Unidos, segue na liderança absoluta pelo 14º ano consecutivo, seguido por:
- Imperial College London (Reino Unido)
- Stanford University (Estados Unidos)
Reflexão e Desafio
A saída da USP do grupo das 100 melhores do mundo acende um alerta sobre os desafios estruturais e de financiamento que impactam o ensino superior no Brasil. Ainda assim, o país mantém presença relevante no panorama global, especialmente na comparação com os demais países da América Latina.
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