O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), divulgado nesta segunda-feira (19/5), revelou que a economia brasileira registrou expansão de 1,3% no primeiro trimestre de 2025. O dado sinaliza uma aceleração no ritmo de crescimento em comparação com o último trimestre de 2024, quando o avanço foi de 0,5%.
O cálculo do IBC-Br, considerado uma antecipação do Produto Interno Bruto (PIB), leva em conta a variação de desempenho dos principais setores produtivos — agropecuária, indústria e serviços. A análise do BC é realizada com ajuste sazonal, permitindo comparações mais precisas entre diferentes períodos ao neutralizar efeitos temporais como feriados ou variações climáticas.
Entenda o que é o IBC-Br
- O IBC-Br funciona como uma espécie de termômetro da economia, oferecendo uma estimativa prévia do PIB.
- O índice integra projeções de desempenho das principais atividades econômicas.
- É um dos instrumentos utilizados pelo Banco Central na formulação da política monetária, especialmente na definição da taxa básica de juros, a Selic.
- O crescimento do IBC-Br é interpretado como sinal de aquecimento econômico; sua retração indica desaceleração da produção nacional.
- Setores produtivos: agropecuária impulsiona resultado
No recorte trimestral, a agropecuária apresentou o melhor desempenho, com expansão de 6,1%. A indústria avançou 1,6%, enquanto os serviços cresceram 0,7% no mesmo intervalo.
Desempenho em março
Apenas no mês de março, o IBC-Br teve incremento de 0,8%, acelerando em relação ao resultado de fevereiro (0,4%). Entre os setores, a indústria liderou com alta de 2,1%. Já a agropecuária subiu 1%, e o setor de serviços teve avanço mais modesto, de 0,3%.
Na comparação com março de 2024, a atividade econômica teve crescimento de 3,5%. Considerando os 12 meses encerrados em março, a elevação foi de 4,2%. Já frente ao primeiro trimestre de 2024, o indicador mostra alta de 3,7%. Estes dados foram apurados sem o ajuste sazonal.
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