Com mais uma desvalorização frente ao real, o dólar completou sete quedas consecutivas. No encerramento do pregão desta segunda-feira, a moeda americana registrou retração de 0,68%, sendo negociada a R$ 5,647.
Enquanto isso, a Bolsa de Valores do Brasil ultrapassou os 135 mil pontos, fato que não ocorria há sete meses.
Principais destaques
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Dólar comercial encerrou o dia em leve queda. Após apresentar alta nos primeiros negócios da semana, o movimento foi revertido ainda pela manhã, ampliando a sequência de perdas recentes frente ao real.
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Antes desta sessão, a moeda norte-americana já acumulava seis quedas consecutivas. Nesse intervalo, o dólar contabilizou uma desvalorização de 3,46%, passando de R$ 5,891 para R$ 5,687. Apenas na semana anterior, a retração superou os 3%.
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Cotação para viajantes também apresenta baixa. O dólar turismo seguiu a trajetória do dólar comercial no primeiro pregão da semana, encerrando com recuo de 0,61%, vendido a R$ 5,879.
Expectativas econômicas impulsionam otimismo
A segunda queda consecutiva nas projeções de inflação fortaleceu o ambiente positivo.
“Essa sensibilidade mostra que o mercado brasileiro anseia por boas notícias e reage com entusiasmo a qualquer sinal de que a inflação pode ser controlada sem grandes impactos”, afirmou Jorge Kotz, CEO do Grupo X.
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Déficit externo apresenta melhora. Dados do Banco Central indicam que o saldo negativo das contas externas foi de US$ 2,2 bilhões em março, representando uma redução de 45% frente ao mesmo período de 2024 (US$ 4,1 bilhões).
“Com um cenário doméstico favorável, o Brasil continua sendo percebido como uma oportunidade atraente entre os mercados emergentes”, analisa Felipe Uchida, sócio da Equus Capital.
Desempenho da Bolsa
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Ibovespa mantém trajetória de alta. O principal indicador da bolsa brasileira sustentou o otimismo recente, ultrapassando a marca dos 135 mil pontos pela primeira vez desde 18 de setembro do ano passado.
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O Ibovespa fechou a sessão em 135.014,88 pontos, com valorização de 0,20% e movimentação financeira de R$ 14,56 bilhões.
O cenário internacional também contribuiu para o bom humor nos mercados, com uma leve ampliação do apetite por risco, impulsionada pela recuperação moderada das bolsas globais, fortalecimento de commodities e valorização de moedas emergentes.
A possível diminuição das tensões comerciais entre Estados Unidos e China, especialmente após a suspensão de tarifas sobre alguns chips norte-americanos, ajudou a consolidar o otimismo.
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Bruno Shahini, especialista em investimentos da Nomad, destacou que o índice acumulou ganhos nos últimos cinco pregões. Desde 17 de abril, o Ibovespa avançou cerca de 5%, passando de 128.316,89 para 134.739,28 pontos.
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