Dois dias após os Estados Unidos anunciarem sua retirada, Israel declarou, nesta quinta-feira (6), que também deixará o Conselho de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU).
Em comunicado, o ministro das Relações Exteriores israelense, Israel Katz, justificou a decisão com críticas à postura do órgão:
“A decisão foi tomada à luz do contínuo e implacável viés institucional contra Israel no Conselho de Direitos Humanos, que persiste desde sua criação, em 2006”, escreveu Katz em carta endereçada ao presidente do Conselho, Jorg Lauber.
O anúncio foi feito por meio da rede social X (antigo Twitter) e ocorre logo após o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, oficializar a retirada americana do Conselho e interromper o financiamento para a Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina (UNRWA), que atua principalmente na Faixa de Gaza.
Essa não é a primeira vez que Trump adota tal medida. Durante seu primeiro mandato na Casa Branca, ele já havia retirado os EUA do Conselho de Direitos Humanos. Em 2021, no entanto, o país retornou ao órgão sob a gestão do democrata Joe Biden.
A saída de Israel reforça o alinhamento do país com Washington nas decisões diplomáticas, ampliando as tensões entre o governo israelense e organismos internacionais de direitos humanos.