Alunos de Medicina da Unip atendem população na Ilha de Marajó

Os graduandos foram convidados a participar do Intercâmbio Mondó, uma iniciativa supervisionada de voluntariado promovida pela Unip

Por Editoria Democracias

Em meio a uma natureza exuberante, ímpar na biodiversidade hidrográfica, vegetal e animal, bem na confluência das águas do Amazonas com o Rio Pará, está a pequena cidade de Breves, no Arquipélago do Marajó (PA).

Para o local, nove alunos do 4º ano do curso de Medicina da Universidade Paulista (Unip) levaram conhecimento da futura profissão e, na volta a São Paulo, trouxeram vivências e saberes na bagagem.

Eles foram convidados a participar do Intercâmbio Mondó, uma iniciativa de voluntariado promovida pelo Instituto de mesmo nome. A iniciativa foi realizada sob a supervisão das professoras doutoras Claudia Meucci Andreatini, vice-reitora de Administração e Finanças da Unip, e Sara Laham Sonetti, médica psiquiatra e docente do curso de Medicina do campus Sorocaba.

Os estudantes dos campi Alphaville, Campinas, São José do Rio Pardo e Sorocaba realizaram 100 atendimentos em crianças, jovens e adultos, participando de uma verdadeira imersão social e cultural para pôr em prática o que estão arduamente se preparando para fazer: cuidar da vida humana.

E é justamente isso que preza o Instituto Mondó com a proposta de intercâmbio: atrair universitários para experiências práticas de cuidado com a saúde, visando o fortalecimento de ações diversas que levem ao desenvolvimento das pessoas na região amazônica.

“Além de valorizar a aquisição do conhecimento técnico e intelectual que nossos alunos têm, e que cada vez mais irá aumentar, participar do Projeto Mondó reforçou que, com empatia e cuidado, muito se pode fazer no contato humano corpo a corpo, e que oferecer um olhar amoroso é o melhor começo de tratamento que as comunidades poderiam ter.”

Atendimentos emergenciais

Imbuídos da missão do cuidado ao outro, os estudantes partiram de São Paulo a Belém e depois para Breves, percorrendo mais de três mil quilômetros por terra, ar e água, de 13 a 17 de julho.

O intuito do percurso foi atuar em atendimentos emergenciais e em atividades de saúde preventiva, com palestras educativas e muita escuta nas comunidades de Vila São Tomé e na ribeirinha São Pedro.

Ao longo dos cinco dias de voluntariado, foram detectados casos de otite, prurido e lesões cutâneas, problemas respiratórios, renais, amigdalites, verminoses, entre tantos outros.

Assim, os alunos colocaram em prática todo o conhecimento adquirido nas salas de aulas e nos laboratórios da Unip, instigando-os a pesquisar ainda mais sobre diagnósticos e tratamentos.

Com a doutora Sara Laham, os futuros médicos acompanharam o atendimento a um grupo de mães de portadores do espectro autista, acolhidas pelo projeto Laços Fortes, iniciativa do Instituto Mondó.

As ações envolveram atendimentos emergenciais

“Enquanto eu as atendia individualmente, os alunos revezavam-se no acompanhamento. Ao mesmo tempo, as outras mães, que aguardavam, participavam de oficinas, elaboradas e executadas por outros alunos, sobre Prevenção de Abuso Sexual Infantil, Primeiros Socorros em Adultos e Crianças e Orientações sobre Alimentação e Higiene como Prevenção de Parasitoses”, explicou a médica Sara Laham.

De acordo com a doutora, ao final da jornada, fizeram os encaminhamentos ao sistema público de saúde e agendaram retornos de consultas, por telemedicina, para verificação dos resultados do tratamento prescrito.

Experiência engrandecedora

A vice-reitora de Administração e Finanças da Unip, professora doutora Claudia Andreatini, conta que foi uma experiência rica em vivências práticas da profissão e em impactos altamente positivos psicológica, emocional e culturalmente para os alunos.

“Estamos muito satisfeitos com essa atividade de extensão. Os alunos vivenciaram o que é cuidar de uma população afastada dos grandes centros, neste caso, especialmente, as rurais e as ribeirinhas”, ressaltou.

Claudia ainda agradeceu ao Instituto Mondó e a toda a comunidade pela oportunidade única. “Agradecemos à Reitoria da Universidade Paulista pelo apoio irrestrito a essa ação”, complementou.

Na visão da vice-reitora, ela sentiu os alunos muito emocionados e engajados. “Mais do que conhecimento, essa possibilidade de vivenciar a Medicina na prática foi muito importante e com certeza eles levarão essa experiência para sempre na vida profissional que escolheram”, afirma.

Já a diretora de Relações Institucionais do Instituto Mondó, Júlia Jungmann, ressaltou o esforço de todos para fazer acontecer a missão. “Vimos um grupo muito engajado, que não mediu esforços para fazer os atendimentos. Tanto os alunos quanto a nossa comunidade ganharam com a ação. Os estudantes se depararam com problemas de toda ordem, característicos de locais que enfrentam alto índice de vulnerabilidade social”, explicou.

Além disso, os alunos puderam expandir a consciência sobre os impactos da falta de acesso a políticas públicas em populações vulneráveis, ribeirinhas e da Amazônia e como isso impacta diretamente na saúde.

Atenderam crianças e famílias que não têm acesso, por exemplo, à água potável, e viram de perto que isso resulta em vários problemas gastrointestinais, entre outras situações.

Além de casos clínicos, os alunos de Medicina da Unip levaram à população palestras de orientação sobre diversos temas. Na região, conseguiram proporcionar vivências culturais e momentos de lazer em um balneário de rio, onde a população descansa aos finais de semana.

O grupo também teve contato com a culinária local, música e dança. Em todos os momentos, os estudantes se mostraram gratos, engajados e conscientes da importância da viagem para uma formação médica mais rica e mais humanizada.

O Instituto Mondó espera que essa relação com a Unip, por meio do intercâmbio, seja apenas um começo e que muito mais ações sejam feitas em conjunto daqui para a frente.

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