O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) prorrogou por 30 dias a operação de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) nos portos e aeroportos de São Paulo e Rio de Janeiro. A medida foi publicada em edição extra do Diário Oficial da União (DOU) desta sexta-feira (3) — data que venceria o prazo da operação das Forças Armadas caso não tivesse sido renovado.
Assinada em novembro do ano passado por Lula, a GLO autorizou o emprego de militares nos portos de Rio de Janeiro (RJ), Itaguaí (RJ) e Santos (SP), além dos aeroportos de Guarulhos (SP) e Galeão (RJ). A medida valerá até 4 de junho, caso não seja prorrogada pelo presidente.
Além desses terminais de transporte, também tiveram a fiscalização reforçada o lado brasileiro do lago de Itaipu e a região de fronteira em Mato Grosso do Sul e Paraná teve aumento do monitoramento.
Cumprimento do decreto de GLO completa 5 meses no Porto de Santos
À época da assinatura da GLO, o Rio de Janeiro enfrentava uma crise na segurança pública após a morte de um miliciano. Na ocasião, diversos ônibus, carros e trens foram queimados e ruas foram fechadas, por exemplo.
Antes de Lula autorizar a medida, houve diversas reuniões no Palácio do Planalto entre ministros, entre os quais Rui Costa (Casa Civil), Flávio Dino (então ministro da Justiça) e José Múcio Monteiro (Defesa). As discussões giraram em torno de três eixos:
Dados do Ministério da Justiça da última segunda-feira (29) mostram os seguintes resultados dos seis meses de GLO em portos e aeroportos do Rio de Janeiro e de São Paulo:
Entre as drogas mais apreendidas, estão: maconha, cocaína e base de cocaína.
Quando assinou a GLO, o presidente Lula disse que a medida tinha como objetivo garantir a atuação integrada das forças de segurança no combate ao crime organizado.
Lula também já havia dito que não gostaria de ver militares subindo favelas e trocando tiros com “bandidos”.
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