SP-Arte busca manter-se conectada à realidade, sem perder o viés comercial

Vinte anos depois de ocupar pela primeira vez o Pavilhão da Bienal do Parque do Ibirapuera, o Festival Internacional de Arte de São Paulo – conhecido como SP-Arte – tem muito o que comemorar. É a maior feira de artes da América do Sul, com reconhecimento internacional e papel importante na divulgação da arte brasileira. […]

Por Editoria Democracias

Vinte anos depois de ocupar pela primeira vez o Pavilhão da Bienal do Parque do Ibirapuera, o Festival Internacional de Arte de São Paulo – conhecido como SP-Arte – tem muito o que comemorar. É a maior feira de artes da América do Sul, com reconhecimento internacional e papel importante na divulgação da arte brasileira.

Mas a preocupação em ser um evento qualificado e conectado com a realidade é a mesma desde o primeiro ano, diz a fundadora e diretora-executiva da SP-Arte, Fernanda Feitosa. “Todos os anos temos uma preocupação grande de inovar, fazer algo diferente, manter o evento qualificado, antenado com o entorno”, disse à CNN.

“Eu acho que um dos grandes erros é quando você faz um evento desconectado com a realidade, né? É um evento onde tenho que atrair compradores, é muito importante que você tenha um público comprador”, continua.

“Mas dado que é um evento cultural é muito importante que eu tenha também um público propagador dessa cultura, né? Então é um evento que é ao mesmo tempo cultural e educativo, mas com um viés comercial”, destaca Feitosa.

Garantir a pluralidade de temas, de artistas e de galerias é um caminho a ser perseguido. “Temos apenas uma galeria que a diretora é negra que é a HOA, mas acho que a Hoa está abrindo o caminho para que a gente possa ter mais outras galerias de artistas negros e de o dono ser ele próprio uma pessoa negra. É isso é uma missão no mundo todo”, pontua.

Negócios no mundo das artes

A fundadora da SP-Arte explica que mesmo sendo uma feira de negócios, nem todas as vendas são realizadas na feira.

“É um evento que dura cinco dias, um evento com uma emoção, e tem aquele calor similar ao leilão”, explica. “Mas a feira não é daquele tipo que você compra e paga tudo em um único caixa.”

“Tem muito negócio que é feito depois, quando o comprador vai até a galeria procurar outros trabalhos de um artista”, continua. “O que é muito importante também.”

Um dado importante para a fundadora do evento é que trinta por cento dos negócios realizados pelas galerias de arte no Brasil acontecem na SP Arte.

A 20ª edição da SP-Arte

Sobre a edição da SP-Arte que começa nesta quarta-feira (3) para convidados, Fernanda Feitosa acredita que “estamos celebrando as conquistas e os tropeços e ansiosos com os próximos vinte anos”.

“Eu nunca vou parar de tentar trazer gente nova para o mercado, trazer novos colecionadores ou novas galerias, porque isso não termina nunca”, fala.

A 20ª edição reúne 190 expositores entre galerias de arte, estúdios de design, editoras e artistas de diferentes regiões do Brasil. A SP-Arte está aberta para o público, de quinta a domingo.

Os ingressos estão à venda no site https://bilheteria.sp-arte.com/.

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