O governador do Piauí, Rafael Fonteles, destacou a relevância estratégica da Ferrovia Transnordestina para impulsionar a economia do Sudeste do estado. A obra, considerada a maior em extensão linear do país, ganhou um novo avanço com a declaração de utilidade pública por parte da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) de um terreno situado no município de Bela Vista do Piauí, facilitando a execução das intervenções ferroviárias no território piauiense.
“Estamos muito esperançosos quanto à concretização definitiva dessa ferrovia. O presidente Lula já manifestou sua determinação nesse sentido. Sabemos que não se trata de uma construção simples — é um empreendimento técnico e desafiador. Ainda levará alguns anos para a sua conclusão, mas estou convicto de que ela será plenamente funcional. A região sudeste do estado, especialmente as áreas de mineração em Paulistana e Curral Novo, será amplamente favorecida”, declarou o governador.
Com 1.206 quilômetros de extensão, a Transnordestina conectará o município de Eliseu Martins, no Piauí, ao Porto de Pecém, no Ceará. A ferrovia está projetada para o escoamento de produtos como grãos, fertilizantes, combustíveis, cimento e minério.
A seção que percorre o Piauí é conhecida como trecho EMT (Eliseu Martins–Trindade), com uma extensão de 395 km.
Em junho, foi autorizada a execução do lote 8 da ferrovia, correspondente ao trecho MVP (Missão Velha–Pecém). Cinco segmentos anteriores deste trecho (lotes 4, 5, 6, 7 e 11) já estão em andamento, abrangendo o centro cearense e o corredor logístico que dá acesso ao Porto do Pecém. Com o início do lote 8, restam os lotes 9 e 10 para completar a primeira fase da obra, cuja licitação está prevista para ocorrer em 2025.
Atualmente, a construção já atingiu 75% de avanço físico da etapa inicial, que tem previsão de término em 2027.
Situação atual dos trechos da Transnordestina (Fonte: TLSA – Transnordestina Logística S/A)
A ferrovia deve entrar em fase de comissionamento em 2025, com os primeiros embarques de cargas — entre elas soja, milho, farelo de soja e calcário — partindo do Terminal Intermodal de Cargas do Piauí em direção ao centro-sul do Ceará e áreas estratégicas de Pernambuco.
O projeto é financiado com recursos provenientes da CSN, Infra (antiga Valec), Finor, BNDES, BNB e Sudene. O investimento total estimado é de R$ 14,9 bilhões.
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