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Após ligação entre Trump e Putin, Zelensky nega ceder territórios e pede cessar-fogo permanente

Presidente ucraniano rejeita exigências russas e defende negociações com garantias de soberania

por Editoria Democracias

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, afirmou nesta quarta-feira (19) que não aceitará ceder territórios ucranianos como condição para um cessar-fogo com a Rússia. Além disso, enfatizou que deseja um cessar-fogo permanente, e não temporário, como o discutido entre os presidentes dos Estados Unidos, Donald Trump, e da Rússia, Vladimir Putin, em ligação telefônica na terça-feira (18).

Ucrânia rejeita exigências russas e reforça necessidade de um cessar-fogo total

Zelensky declarou que a Ucrânia não aceitará acordos que comprometam sua integridade territorial e reforçou que busca uma paz “estável e justa”. Ele também afirmou que pretende conversar com Trump ainda nesta quarta-feira (19) para discutir a proposta americana de cessar-fogo.

Trump comemora diálogo com Putin e propõe cessar-fogo

Após a conversa com Putin, Trump celebrou o resultado do diálogo e afirmou que um cessar-fogo completo pode estar próximo. “Concordamos com um cessar-fogo imediato em toda a infraestrutura de energia, com o entendimento de que trabalharemos rapidamente para um cessar-fogo total e, finalmente, o fim dessa guerra horrível entre Rússia e Ucrânia”, disse o presidente dos EUA.

Rússia exige garantias de segurança antes de aceitar cessar-fogo total

O vice-ministro das Relações Exteriores da Rússia, Alexander Grushko, afirmou que Moscou não aceitará um acordo sem garantias de segurança à prova de ferro. Entre as exigências russas estão…

Rússia exige garantias de segurança antes de aceitar cessar-fogo total

O vice-ministro das Relações Exteriores da Rússia, Alexander Grushko, afirmou que Moscou não aceitará um acordo sem garantias de segurança à prova de ferro. Entre as exigências russas estão:

  • Garantia de que a Ucrânia não se juntará à Otan;
  • Reconhecimento internacional dos territórios ocupados pela Rússia;
  • Redução das sanções ocidentais contra Moscou;
  • Eleições presidenciais na Ucrânia para estabelecer um novo governo.

Putin alega que a ofensiva russa tem como objetivo proteger a segurança nacional contra a suposta expansão da Otan para o leste. No entanto, Kiev e seus aliados ocidentais argumentam que a guerra é uma agressão injustificada e uma tentativa de anexação imperialista.

União Europeia e Reino Unido reagem às condições russas

A chefe de política externa da União Europeia, Kaja Kallas, declarou que as exigências russas para o cessar-fogo demonstram que Moscou não está realmente interessada na paz. Já o primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, afirmou que vários países europeus estão dispostos a enviar tropas de paz para a Ucrânia no caso de um acordo definitivo.

Os chefes de defesa da Otan se reunirão nesta semana para discutir os próximos passos diante das negociações. No entanto, a Rússia já descartou a possibilidade de aceitar tropas de pacificação estrangeiras enquanto a guerra estiver em andamento.

Negociações seguem incertas enquanto combates continuam

Apesar das discussões sobre um possível cessar-fogo, os combates continuam em diversas frentes. Tropas russas mantêm avanços sobre regiões estratégicas, enquanto a Ucrânia resiste com apoio militar ocidental. Especialistas alertam que, sem um acordo concreto, a guerra pode se prolongar indefinidamente.

A situação nas linhas de frente continua tensa, e o cessar-fogo proposto por Trump e Putin ainda não tem data para entrar em vigor. Enquanto isso, Zelensky busca garantias de que qualquer acordo não comprometa a integridade territorial e a soberania da Ucrânia.

Nos bastidores, diplomatas ocidentais seguem negociando para encontrar um caminho viável para a paz, mas a falta de consenso sobre concessões territoriais e o futuro da Ucrânia na Otan são desafios que continuam a travar qualquer resolução definitiva do conflito.

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