Copom analisa crédito consignado CLT, mas efeitos ainda são incertos

Brasília — O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) incluiu, pela primeira vez, em sua ata oficial,

Por Editoria Democracias

Brasília — O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) incluiu, pela primeira vez, em sua ata oficial, uma análise sobre os impactos da liberação do crédito consignado para trabalhadores celetistas. A conclusão é de que o programa ainda gera muita incerteza quanto aos seus efeitos totais sobre a economia.

A avaliação consta no documento da reunião realizada entre os dias 6 e 7 de maio, quando o comitê optou por manter a Selic em 14,75% ao ano — patamar mais alto desde 2006, ao fim do primeiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Na ata, os diretores do BC afirmam que o consignado privado representa uma possível mudança estrutural no mercado de crédito, embora seus impactos ainda estejam em estágio inicial de avaliação.

“O programa ainda se encontra em período inicial, então o comitê acompanhará os dados atentamente para refinar os impactos estimados sobre o mercado de crédito e sobre a atividade econômica”, diz o texto.

O BC ressaltou que, no contexto da política monetária, as alterações no sistema de consignação para celetistas serão levadas em conta para calibrar o nível necessário de restrição monetária que permita a convergência da inflação à meta estabelecida.

Programa Crédito do Trabalhador

Lançado oficialmente em 21 de março, o crédito consignado CLT permite que trabalhadores com carteira assinada, inclusive rurais, domésticos e MEIs, tenham acesso a empréstimos com juros mais baixos. As parcelas são descontadas diretamente da folha de pagamento, por meio do eSocial, com limite de até 35% do salário líquido.

A nova linha também permite a utilização de até 10% do saldo do FGTS e 100% da multa rescisória como garantia adicional. Segundo o governo, mais de 1,8 milhão de trabalhadores já contrataram o empréstimo, movimentando cerca de R$ 10,1 bilhões em pouco mais de um mês.

A Febraban (Federação Brasileira de Bancos) projeta que até 19 milhões de celetistas devem optar pela consignação nos próximos quatro anos, resultando em uma carteira de crédito superior a R$ 120 bilhões.

Pontos de atenção e dúvidas do Banco Central

Em declarações anteriores, o presidente do BC, Gabriel Galípolo, destacou a necessidade de analisar se os contratos representam fluxo novo de crédito ou substituição de dívidas antigas. A análise sobre o verdadeiro alcance do programa dependerá, segundo ele, da consolidação dos dados.

O Copom também ponderou que, apesar da robustez recente do mercado de crédito impulsionado pelo aquecimento do mercado de trabalho, há sinais de desaceleração, com elevação nas taxas de juros bancárias, maior aversão ao risco e redução nas concessões — um reflexo direto do cenário atual de aperto nas condições financeiras.

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