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Militares podem ser denunciados pela PGR por participação em trama golpista

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por Editoria Democracias

A Procuradoria-Geral da República (PGR) está finalizando a denúncia contra 27 militares envolvidos na tentativa de golpe de Estado investigada pela Polícia Federal (PF). O indiciamento atinge nomes de alta patente das Forças Armadas, incluindo seis generais da reserva, um almirante e oficiais de diferentes patentes. A peça de acusação pode ser apresentada em breve, intensificando a crise de confiança nas Forças Armadas, que já registram baixa aprovação em pesquisas recentes.

De acordo com levantamento do Atlas, divulgado nesta semana, apenas 24% da população confia nas Forças Armadas. O Datafolha de dezembro de 2024 apontou que 34% dos brasileiros ainda confiam nos militares, enquanto 24% manifestam desconfiança.

A denúncia pode incluir o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), capitão reformado do Exército, e ex-ministros do governo, como Braga Netto (Casa Civil), Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional) e Paulo Sérgio Oliveira (Defesa).

Acusações contra os militares

Segundo a Polícia Federal, os indiciados teriam participado de uma trama com o objetivo de manter Bolsonaro no poder por meio de um golpe de Estado, o que configuraria os crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa. O plano incluía a restrição do Poder Judiciário e o impedimento da posse do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Lista de militares que podem ser denunciados pela PGR

Oficiais de alta patente

Jair Bolsonaro – Capitão reformado e ex-presidente

Braga Netto – General da reserva e ex-ministro da Casa Civil

Augusto Heleno – General da reserva e ex-ministro do GSI

Mario Fernandes – General da reserva

Estevam Theophilo – General da reserva

Nilton Diniz Rodrigues – General da reserva

Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira – General da reserva e ex-ministro da Defesa

Almir Garnier Santos – Almirante da reserva e ex-comandante da Marinha

Outros militares indiciados

Mauro Cid – Tenente-coronel e ex-ajudante de ordens de Bolsonaro

Marcelo Costa Câmara – Coronel da reserva

Sergio Ricardo Cavaliere de Medeiros – Tenente-coronel

Laércio Vergílio – Coronel da reserva

Ailton Gonçalves Moraes Barros – Capitão reformado

Cleverson Ney Magalhães – Coronel

Fabrício Moreira de Bastos – Coronel

Giancarlo Gomes Rodrigues – Subtenente

Ângelo Martins Denicoli – Major da reserva

Bernardo Romão Corrêa Neto – Coronel

Alexandre Castilho Bitencourt da Silva – Coronel

Anderson Lima de Moura – Coronel

Carlos Giovani Delevati Pasini – Coronel da reserva

Ronald Ferreira de Araújo Júnior – Tenente-coronel

Hélio Ferreira Lima – Tenente-coronel

Guilherme Marques Almeida – Tenente-coronel

Rafael Martins de Oliveira – Major

Rodrigo Bezerra Azevedo – Tenente-coronel

Aparecido Andrade Portela – Tenente

Impacto da denúncia

O indiciamento de militares de alta patente em um esquema para subverter a ordem democrática pode gerar novas tensões institucionais e aumentar o desgaste das Forças Armadas perante a opinião pública. A possível inclusão de Bolsonaro na denúncia também pode ter consequências políticas significativas, já que o ex-presidente enfrenta outros processos que podem torná-lo inelegível e criminalmente responsabilizado.

O avanço da investigação reforça a postura da PGR e da PF em responsabilizar os envolvidos, enquanto o meio militar aguarda a repercussão do caso e eventuais desdobramentos jurídicos.

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