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Papa Francisco segue internado com infecção polimicrobiana; médicos preveem internação prolongada

Nas últimas semanas, Francisco demonstrou sinais de cansaço e precisou pedir que assessores lessem seus discursos em diversas ocasiões. No início do mês, ele relatou estar com um “forte resfriado”, que depois foi diagnosticado como bronquite

por Editoria Democracias

O Vaticano cancelou toda a agenda do Papa Francisco para o fim de semana, indicando que sua internação pode ser longa. O pontífice, de 88 anos, foi hospitalizado em Roma para tratar de uma bronquite que evoluiu para uma infecção polimicrobiana nas vias respiratórias.

No quinto dia de internação, médicos afirmam que seu quadro clínico é complexo, embora o papa tenha tido uma “noite pacífica” e tomado café da manhã normalmente nesta terça-feira (18).

Segundo boletim oficial, não há previsão de alta. A audiência geral da próxima quarta-feira (19) também foi cancelada.

Quadro clínico e tratamento

Na segunda-feira (17), o Vaticano divulgou que Francisco não tem febre, mas precisou ter seu tratamento ajustado devido à gravidade da infecção.

“Os testes realizados demonstraram uma infecção polimicrobiana do trato respiratório, o que levou a uma nova modificação da terapia. O quadro clínico é complexo e exigirá internação adequada”, afirmou o comunicado oficial.

Mesmo hospitalizado, o papa manteve algumas atividades reduzidas, como leitura e orações. Durante o fim de semana, ligou para membros de uma paróquia católica em Gaza para demonstrar solidariedade.

Francisco também se emocionou com as mensagens de carinho enviadas pelos fiéis, especialmente desenhos e votos de melhoras feitos por pacientes internados no Hospital Gemelli, onde está hospitalizado.

“Ele ora por eles e pede que orem por ele”, disse o boletim do Vaticano.

Histórico de problemas respiratórios

O Papa Francisco tem um histórico de complicações pulmonares. Desde os 21 anos, quando enfrentou uma pneumonia grave e precisou remover parte do pulmão direito, sua capacidade respiratória ficou reduzida.

Nas últimas semanas, Francisco demonstrou sinais de cansaço e precisou pedir que assessores lessem seus discursos em diversas ocasiões. No início do mês, ele relatou estar com um “forte resfriado”, que depois foi diagnosticado como bronquite.

Na última quarta-feira (12), em meio às dificuldades respiratórias, ele precisou novamente delegar a leitura de sua homilia, mas manteve sua participação nas celebrações.

Internação prolongada e impacto na agenda do Vaticano

Os médicos enfatizaram que a recuperação do papa exigirá repouso absoluto e um tratamento rigoroso, o que pode prolongar sua permanência no hospital.

A internação levanta preocupações sobre sua capacidade de seguir na liderança da Igreja Católica e sua participação em eventos importantes do calendário religioso, como as celebrações da Semana Santa, que começam em março.

Enquanto aguarda evolução no quadro clínico, o Vaticano segue ajustando sua agenda, priorizando o descanso e a recuperação do pontífice.

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